Os cuidados na fixação dos condutores de um SPDA.
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A instalação dos elementos que compõem o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) exige vários cuidados para atender às exigências da ABNT NBR 5419:2015. Temos um condutor em cabo de cobre nu, instalado diretamente sobre um rufo metálico em aço galvanizado. O cabo de cobre causou a oxidação do rugo metálico, com o auxílio do acúmulo de água entre os dois condutores. Esta combinação causou uma pilha galvânica, danificando, significativamente, o rufo que teria a função de impedir que a água penetre a alvenaria da platibanda e conseguintemente infiltrações na estrutura.
Quando estamos dimensionando, projetando um SPDA, pensamos nos elementos e componentes do sistema e às vezes esquecemos da estrutura que irá recebê-los. Neste caso, deveria ser observado o contato direto do cabo com o rufo, ou afastando o cabo do rufo, ou utilizar um condutor, por exemplo, aço galvanizado a quente, que possa ficar em contato direto com o rufo.
Uma outra alternativa é a fixação através de colagem. Normalmente, os condutores do SPDA ficam sobre as platibandas, que conforme vimos, são protegidas neste ponto contra infiltrações. Ora, se perfurarmos esta proteção para a fixação dos condutores do SPDA, poderemos causar uma infiltração e gerar um enorme problema para o cliente e, por consequência, para os responsáveis pela instalação. Neste caso, colar a fixação dos condutores é uma alternativa disponível no mercado e elimina o risco de infiltração. O mesmo vale para a fixação dos condutores em telhas. A alternativa de fixação dos condutores tendo que perfurar as telhas acarreta o mesmo problema de infiltração do caso anterior, platibandas. A fixação através da colagem também é uma alternativa de contorno para este problema.
Para a fixação dos condutores por meio de colagem, é necessário que a cola suporte as intempéries no local da aplicação, como umidade, temperatura e raios ultravioletas. Também tem que ser capaz de suportar os esforços mecânicos exigidos aos condutores. Esforços estes causados pelas descargas atmosféricas ou pela necessidade de se tensionar os condutores, por exemplo.
A aplicação da cola também exige cuidado. Há no mercado colas destinadas para superfícies lisas e outras para superfícies porosas. Elas devem ser aplicadas em superfícies livres de poeira, óleos, graxas e outras impurezas. Além disso, a superfície onde a cola será aplicada deve também suportar os esforços mecânicos solicitados. Ou seja, se colarmos sobre um reboco frágil, por exemplo, a cola não irá se desprender do reboco, mas o reboco poderá se desprender da parede, danificando a fixação e a parede.